No dia 27 de maio, andando pela Praça do Campo Grande em Salvador, parei para ver o movimento dos fãs de Ivete Sangalo que se aglomeravam na entrada do condomínio onde mora a cantora. Lembrei dos anos 80 e do sucesso popular de Gal Costa, que morava no mesmo prédio. Frevos no carnaval, programas de TV, capas de discos... Imaginei os fãs de Ivete exibindo LPs como estandartes, ilustrando e colorindo aquela tietagem performática. Pensei em entrar no meio deles com meus colegas da UFBA empunhando vinis de Gal Costa... Desde esse dia passei a levar os elepês de Gal para passear comigo, para que respirem novamente os ares das ruas onde, em outros tempos, transitavam das lojas para as casas, das casas para as festas, para outras casas, escolas... Além da arte e da perfomance, confesso que essa ação consiste basicamente em algo que não cabe em mim sozinho e por isso divido, tornando-me exposição ambulante pelas ruas das cidades e convidando as pessoas para interAÇÕES originais onde quer que estejam e sem manual de instruções. A ação terminou quando a musa lançou seu disco "recanto" em dezembro de 2011.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

24 de outubro - Segunda / Pink

 
Rogério, Luciana e Gabriel na EBA

 





     Sala 15


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Entrevista para Manu Pink no Cabrália news:


24/10/2011 às 17h49min - Atualizada em 24/10/2011 às 17h49min
Cabralia News - Santa Cruz Cabrália(BA)
TAMANHO DA FONTEA-A+
PASSEANDO COM OS ELEPÊS DA GAL
Um jovem que teve uma ideia brilhante aqui em Salvador, Arthur Scovino já conhece, agora você vai ter o prazer de conhecer!!!

Qual a cidade que você nasceu?
Nasci em São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro. Há três anos mudei-me para Salvador e estudo na Escola de Belas Artes da UFBA.

Como surgiu a ideia de levar os elepes da Gal Costa para passear?

A Bahia sempre foi minha inspiração para criar. Morando aqui, observo atentamente tudo a minha volta, faz parte do meu processo criativo. Um dia, passando pelo corredor da Vitória, percebi um movimento dos fãs de Ivete Sangalo que se aglomeravam na entrada do condomínio onde ela mora. Lembrei dos anos 80 e do sucesso popular de Gal Costa, que mora no mesmo prédio - essa coisa do fã, da emoção, da arte se confundir com o próprio artista e causar esse frisson nas pessoas, são coisas que investigo agora - lembrei da minha infância e comparei o sucesso popular de Gal nos frevos de carnaval dos anos 80, dos programas de TV, capas de revistas, musica pra Copa do Mundo, discos, etc... Naquele momento, imaginei os fãs de Ivete exibindo LPs pro alto, ilustrando e colorindo aquela tietagem performática. Poderia entrar no meio deles com meus colegas da UFBA empunhando vinis de Gal Costa numa ação artística. Cheguei a comprar uns LPs num sebo, mas quando voltei já não estavam mais lá. Passei a levar os discos comigo, pois quando cheguei em casa e me vi numa foto segurando os discos, percebi que isso já fazia parte do processo. Passei a registrar tudo que acontecia e automaticamente meus amigos participavam das fotos... Levo os elepês de Gal para passear comigo, para que respirem novamente os ares das ruas onde, em outros tempos, transitavam das lojas para as casas, das casas para as festas, para outras casas, escolas... Além da arte e da perfomance, confesso que essa ação consiste basicamente em algo que não cabe em mim sozinho e por isso divido, tornando-me exposição ambulante pelas ruas das cidades e convidando as pessoas para interAÇÕES originais onde quer que estejam e sem manual de instruções. Recebo fotos de pessoas do mundo todo com os vinis de Gal nas ruas. É essa minha poesia: despertar lembranças, reflexões sobre arte, tecnologia, amizades... Perceber a participação das pessoas em um trabalho artístico nas ruas e nas redes, e também dizer que senti saudade durante esses seis anos em que Gal Costa não gravou um disco novo deixando claro que meu trabalho é autobiográfico. Pretendo terminar essa ação quando a musa lançar seu novo disco previsto para novembro desse ano. Uma vez Ivete Sangalo também participou fazendo fotos com os elepês de Gal e me explicou que o dia em que seus fãs fizeram aquela algazarra na porta do condomínio era seu aniversário, por isso estavam lá...

Como é escolhido os ambientes lindos para os elepes darem aquela voltinha?

Levo para todos os lugares aonde vou: Faculdade, casa de amigos, praia... Ou quando me convidam, como recentemente a prefeitura Municipal de Juazeiro e a UNIVASF para uma palestra e muitos passeios com os elepês de Gal nas ruas e margens do Rio São Francisco, gerando fotos, vídeos e amigos incríveis.

Os vinis tem voltado com força total, você tem uma dica onde comprar-los?

Aqui em Salvador tem o Bazar Som Três na Rua do Paraíso. Fica no Conj. São Bento no Centro. A loja é muito bonita e completa, além daquela simpatia de quem é colecionador e vendedor de vinil. Tem também uma loja pequena no Dois de Julho que é uma maravilha para quem curte caçar tesouros, olhando um por um. Além da internet, dos sites de trocas e de contato com colecionadores...

Qual a dica que você dá para os blogueiros se destacarem com suas próprias ideias?

Nem havia parado para pensar que sou blogueiro, mas é bacana... No meu caso é minha vida, meu trabalho é arte, comunicação. Não sei se tem receita para se conseguir destaque, o importante é fazer, criar, comunicar...

Para os leitores do site Cabralianews estarem sempre de olho onde os elepês da Gal estará fazendo a sua caminhada, apenas visitar o blog do Arthur Scovino www.elepesdegal.blogspot.com , quem sabe ele não aparece nesta linda cidade que é Cabrália!
Bjokitas da Manupink
www.maanupink.blogspot.com

http://cabralianews.net/?pg=not%EDcia&id=3506