No dia 27 de maio, andando pela Praça do Campo Grande em Salvador, parei para ver o movimento dos fãs de Ivete Sangalo que se aglomeravam na entrada do condomínio onde mora a cantora. Lembrei dos anos 80 e do sucesso popular de Gal Costa, que morava no mesmo prédio. Frevos no carnaval, programas de TV, capas de discos... Imaginei os fãs de Ivete exibindo LPs como estandartes, ilustrando e colorindo aquela tietagem performática. Pensei em entrar no meio deles com meus colegas da UFBA empunhando vinis de Gal Costa... Desde esse dia passei a levar os elepês de Gal para passear comigo, para que respirem novamente os ares das ruas onde, em outros tempos, transitavam das lojas para as casas, das casas para as festas, para outras casas, escolas... Além da arte e da perfomance, confesso que essa ação consiste basicamente em algo que não cabe em mim sozinho e por isso divido, tornando-me exposição ambulante pelas ruas das cidades e convidando as pessoas para interAÇÕES originais onde quer que estejam e sem manual de instruções. A ação terminou quando a musa lançou seu disco "recanto" em dezembro de 2011.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Ação Coletiva: Levando os elepês de Gal para passear no MAM-BA.



     Fotos: Erivan Morais




...Foi massa! Não foram as 150 pessoas de uma vez, mas durante o pôr do sol foi chegando mais gente e fizemos muitas fotos... Acho que nem deu pra falar com todo mundo direito, desculpem se não reconheci alguém... Agradeço à Erivan Morais por toda a gentileza, aos amigos pela presença e cumplicidade, e todas as pessoas que já estavam lá que também participaram. Em breve postarei mais fotos aqui (ainda não tenho internet na casa nova), rs!


Aos amigos que não puderam ir: o MAM agora é meu quintal! rs Vamos outras vezes... Valeu, gente!!!


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...às 23:30 no Recanto dos Aflitos:

   ...coleção de elepês de Gal no novo Recanto!

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Até hoje me perguntam por que eu troquei o Rio de Janeiro por Salvador. Dizer que minha alma é baiana nem sempre foi suficiente. Há três anos deixei minha cidade maravilhosa, família e amigos para viver na Bahia. Entrei na Escola de Belas Artes da UFBA, casei, fiz amigos incríveis e sigo fazendo minha poesia nessa cidade que sempre foi minha inspiração. Agora vivo entre a dificuldade da separação, morar sozinho sem grana, e o apoio carinhoso desses amigos queridos que a Bahia me deu nesse curto período aqui. Queria agradecer, mas nem sei se é preciso. Quanto mais me perguntarem por que eu vim morar aqui, mais razões eu tenho para dizer... Não é pelo que eles fazem por mim - por isso não estou agradecendo - mas pelo que eles são. Meus pais ainda contam os dias para eu me formar e voltar pro Rio, mas acho que não volto mais. Essa cidade é linda porque a gente mora aqui!